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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Guia do Cervejeiro das Galáxias #4 TRAPPÍSTES ROCHEFORT 10


TRAPPÍSTES ROCHEFORT 10
Sabe aquele papo de que religião e cerveja não combinam? Pois é, nesse post vamos provar justamente o contrário. Mas, calma, não é nada disso que vocês estão pensando! Não se preocupem, nós ainda não fundamos uma religião baseada nos princípios da cevada (que até não seria um ideia ruim) e nem vamos tentar levar ninguém pra igreja/culto/terreiro aqui.


Apenas vamos mostrar que nem só de vinho vive a igreja católica e falar de uma cerveja que surgiu e até hoje é fabricada (e comercializada) no seio dessa entidade religiosa.
A Trappístes Rochefort 10 é um típica cerveja Trapista, ou seja, é fabricada por monges (sim, monges!) integrantes da Ordem dos Cistercienses de Estrita Observância (popularmente conhecidos como monges trapistas – daí o nome da cerveja), no interior do monastério.
Os monges trapistas seguem um estilo de vida beneditino, baseado na pobreza, castidade e obediência. Mas, ao contrário do que comumente se imagina, eles não passam os dias apenas enclausurados rezando, mas conciliam essa atividade ao trabalho. É o princípio do “ora e trabalha”.
Assim, essas devotadas criaturas dedicam seus dias na produção de bens como grãos, queijos, pães  e pela Graça do Nosso bom Deus e alegria da nação  a cerveja!

Para alcançarem o título de Autêntica Cerveja Trapista, ela deve ser produzida pelos próprios monges no interior do monastério e de acordo com as regras de vida monástica. A comercialização do produto não pode ter fins lucrativos, mas apenas para auxiliar nas despesas do monastério e para financiar projetos e doações de cunho social.
(Tá vendo, ao consumir uma cerveja dessas, você ainda está ajudando na manutenção de ações sociais pelo mundo! É quase como doar para o ‘Criança Esperança’... só que não só que bebendo!)
No mundo, apenas sete monastérios possuem autorização para fabricar as cervejas trapistas, dentre eles está a Rochefort da Abadia de Notre-Damme de Saint Rémy, que produz a Trappístes Rochefort.
Essa cerveja é diferenciada por numerações (6,8 e 10), de acordo com a ordem crescente do teor alcoólico. Como pessoas de bom coração que somos, tivemos a árdua missão de experimentar a Trappístes Rochefort 10 e declaro que, trocadilhos à parte, é divina. Faz justiça ao título de uma das três melhores cervejas Quadrupel produzidas no mundo. Apenas ressalto que poderia ter uma espuma mais densa e consistente, pois, apesar de não desaparecer totalmente do copo, diminui consideravelmente.
Então, deixemos de enrolação e vamos ao que interessa:
Nome: Trappistes Rochefort 10
Estilo: Belgian Dark Strong Ale
Cervejaria: Abadia de Notre-Damme de St. Rémy
Localidade: Rochefort-Bélgica.
Teor Alcoólico: 11,3%
Cor: marrom escuro
Temperatura ideal: 13-15ºC
Copo: Trapist
Aparência: Cerveja escura e bastante turva. Espuma razoavelmente densa, porém, pouco consistente.
Aroma: Complexo, possui cheiro predominantemente frutado e levemente lupulado. O álcool é consideravelmente evidente, lembrando um pouco vinho do porto. Possui boa sensação aromática.
Sabor: Encorpada. É inicialmente suave e doce, licorosa e possui tons de ameixa, cacau e cítricos. No fim, possui o amargor do lúpulo bem evidente e leve sabor de malte tostado.
Harmonização: Acompanha bem com carne de cordeiro, faisão e pato assado.

Fator Drinkability:



Avaliação geral:





No mais, termino aqui com a frase de Benjamim Franklin: “A cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver felizes”.


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